Entenda como o cenário econômico impactou o resultado dos investimentos do VidaPrev

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Publicado em: 04/02/2025 às 17:30hs

A rentabilidade do Plano CD VidaPrev, em 2024, foi abaixo da meta, que era de 6,72% (INPC+4,65%) de abril (data de início de funcionamento do Plano) a dezembro. 

A partir de abril de 2024, o cenário econômico foi se deteriorando com o aumento das incertezas, principalmente com a possibilidade de a inflação ficar acima do teto da meta do Banco Central. Além disso, aumentaram as preocupações com os gastos públicos e o equilíbrio fiscal. 

Com o passar dos meses, as incertezas se confirmaram, a inflação aumentou e terminou o ano acima do teto da meta do Banco Central. O Governo anunciou um pacote de gastos, em novembro, que ficou abaixo do esperado pelo mercado, como consequência, a expectativa dos juros futuros subiu e o dólar alcançou sua máxima histórica. Dessa forma, apresentou-se um cenário em que o Banco Central precisou interromper o corte de juros, iniciado em meados de 2023, e voltar a elevar a Taxa Selic em 2024, com previsão de mais aumentos em 2025. Outra atitude tomada pelo Banco Central para diminuir a volatilidade do mercado foi a venda de swaps cambiais para suavizar o impacto do câmbio no curto prazo. Com as eleições nos Estados Unidos e a percepção do aumento do risco brasileiro, o real sofreu uma desvalorização de cerca de 20% frente ao dólar. 

Com tamanha pressão do cenário econômico, principalmente no final do ano, os ativos investidos pelo plano sofreram uma variação negativa de seus preços à vista. 

Com a subida da taxa básica de juros (Taxa Selic), os ativos de renda fixa atrelados ao IPCA, os pré-fixados, as empresas listadas na bolsa de valores e os fundos multimercados sofreram com a precificação a mercado, o que trouxe impacto nas cotas do VidaPrev. Somente os títulos públicos atrelados à Selic, fundos de crédito atrelados ao CDI e investimentos no exterior conseguiram se destacar.

A carteira de investimentos do VidaPrev, em dezembro de 2024, estava alocada da seguinte forma: aproximadamente 64% em renda fixa, 6% em renda variável, 2% no segmento exterior, 18% em multimercado/Estruturado e 10% em imóveis.

Para exemplificar como o cenário econômico impacta nos resultados do plano, é importante observar que em 2023 o Plano B obteve rentabilidade de 13,59%, bem acima do objetivo, que era de 8,53%; contudo, sem alteração estratégica nos investimentos ou elevação dos riscos, a carteira do Plano VidaPrev apresentou um desempenho inferior à meta em 2024. 

Outro ponto que deve ser considerado é que o Plano VidaPrev precisou gerar uma liquidez de aproximadamente R$ 71 milhões em 2024, para possibilitar o pagamento das folhas de benefícios ao longo do ano, o que teve impacto nos resultados de curto e médio prazo. 

Como gestor de planos de previdência, o Instituto adota estratégias pensando no longo prazo e entende que a situação atual deverá ser revertida nos próximos meses, embora não seja possível estipular uma data. 

Como de costume, o Agros iniciou o ano avaliando o cenário econômico para 2025 e traçou, na Política de Investimentos de cada plano, alternativas para as carteiras de investimentos, sempre em busca de melhor rentabilidade.